Os passos do reitor ecoavam dentro do gabinete.
-
O que fazer?
E
de novo os passos secos sobre a madeira.
-
Josefa chegue aqui.
Ela saltou acorrendo imediatamente ao chamamento.
O reitor afundou-se no seu trono mergulhando
a mão sapuda num aquário onde uma piranha reluzente começou a afiar-lhe as unhas.
-
O que fazer? – ruminava ele ainda.
Ela, a tremer de medo, serviu-lhe uma
bebida. Ele bebeu um golo e despejou o resto no aquário onde a piranha
logo relinchou de satisfação.
-
Já sei! Um concurso literário!
Uma gargalhada tenebrosa ecoou no
edifício enquanto a secretária desmaiava sufocada num imenso susto.